quarta-feira, 13 de julho de 2011

PORTUGAL: Contra os canhões, marchar, marchar!

PORTUGAL: "Contra os canhões, marchar, marchar!"


Paulo M. A. Martins ( * )
Jornalista
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paulo.m.a.martins@gmail.com


( Em Portugal )


1. No seu constante e permanente movimento de rotação e trasladação, o planeta Terra é imparável, e, de todo o lado, nos chegam as (boas e más) notícias dando conta do que está a acontecer, sinal de que o mundo está agitado...

Há já algum tempo, foi a Grécia, Portugal e Irlanda, agora, já correm os rumores de que também a Itália está em maus lençóis, enquanto que, de Espanha, já começam a correr uns zun-zuns...

Neste caso, concreto, em causa, está a situação política, económica, social.

Na União Europeia, que deveria ser o motor, por excelência, da Europa Comunitária, assiste-se ao "desfile" de dramas, mobilizam-se avultadas verbas para ocorrer a este sufoco dramático. Enfim, coisas do tempo que passa.

Enquanto isto, não se vislumbra uma saída ou iniciativa no sentido de reestruturar, reformar e dinamizar a União Europeia, em ordem a estar habilitada a acorrer a estas situações de pânico que os Países-membros estão envolvidos, uns, e cercados, os outros.

Persiste-se em não reconhecer o que, desde há muito, é visível e, como tal, constatável: A União Europeia está a atravessar uma "grave doença ", inclusive, de identidade comunitária, a que urge encontrar uma solução sob pena de, grosso modo, ficarmos catapultados sob os seus escombros!

2. Na passada segunda-feira, milhares de portugueses resolveram empunhar a bandeira de "contra os canhões, marchar, marchar!", ao bloquear todo o sistema informático da Moody's, através do envio de e-mail's, protestando contra a classificação atribuída, que, aliás, já se alastra pela Europa e o Mundo.

Toda esta "histeria", até me faz lembrar o velho ditado, de triste memória, que julgava extinto, "quem não é por mim, é contra mim". Pessoalmente, estou convicto de que não é com iniciativas, individuais e ou colectivas, desta natureza e envergadura, que se chega a lado algum.

O que se pretende?
Tapar o sol com uma peneira?

Pessoalmente, até acredito que, directa e ou indirectamente, andará a movimentar-se nos bastidores, no silêncio e no escuro, uma guerra surda, uma mãozinha, indelével, dos Estados Unidos, quando, afinal, todos sabemos e reconhecemos ser o maior devedor do Mundo, embora as notações não façam qualquer referência porque, provavelmente, não convém e ou não interessa.

Tudo, isso sim, para consolidar a imagem de supremacia e de hegemonia que os Estados Unidos detêm no Mundo...

3. No passado sábado, os portugueses, também, foram surpreendidos com as declarações públicas, transmitida pelos canais de televisão, do Presidente da República, Professor Aníbal Cavaco Silva, ao admitir que os portugueses devem suportar os custos decorrentes com a gestão da Saúde.

Sob o ponto de vista CONSTITUCIONAL, a SAÚDE começou por ser GRATUITA - DIREITO DO CIDADÃO, DEVER DO ESTADO, para, depois, passar a TENDENCIALMENTE GRATUITA. Agora, está dado o mote para que o GOVERNO, depois dos cortes orçamentais, proceda a novos aumentos e ajustamentos, pois sempre verá garantida a HOMOLOGAÇÃO DA LEGISLAÇÃO FUTURA!...

Até dá vontade de dizer que, se o Presidente da República gosta de se ver e ouvir na Rádio e na Televisão, deveria ter mais cuidado com as palavras que profere e com a sensibilidade dos portugueses. Podem ser tudo, mas "burros de carga" não são. Com toda a certeza! Depois, olhar bem com o que recebe das suas aposentações e compará-las com a média auferida pelos aposentados, pensionistas e os mais desfavorecidos.

Finalmente, já é tempo de, de uma vez por todas, deixar cair o estilo do "recado" e assumir frontalmente o que diz, justificando o porquê e a razão de ser das suas opções. Explicitamente!

4. Não satisfeitos, os cidadãos portugueses confrontaram-se com a posição dos empresários que, agora, pretendem concorrer às privatizações, mas só o farão se a Caixa Geral de Depósitos e outras Instituições de Crédito lhes derem o indispensável apoio. Nada de falarem em investir com os capitais exclusivamente próprios!

Isto, falando objectivamente, terra a terra, significa dizer que, com as calças do meu pai também era homem!

Afinal, o acordo com o FMI - Fundo Monetário Internacional sempre foi providencial, daí a razão de ter sido negociado no final da vigência do anterior Governo, o que permite concluir que, em tempo algum, o Sistema Bancário, cada vez mais, se distancia e demite do cumprimento da sua função social...

5. Enquanto isto, não há rumores, sequer, do chamar à responsabilidade o ex-Primeiro-ministro, José Sócrates, e de alguns dos membros do seu (des) governo, os quais continuam a"gozar" as suas tão "merecidas" férias, auferindo de uma só assentada prémios legais (indemnizações)  pela sua passagem à situação de cidadão comum, como prémio dos desmandos que cometeram, enquanto (des) governantes.

Nem foi necessário passar uma esponja por cima...

Enquanto isto, o Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou, ontem, terça-feira, perante o Conselho Nacional do PSD - Partido Social Democrata, que o seu Governo encontrou um "desvio colossal em relação às metas estabelecidas" para as contas públicas, assim como, o Executivo não se vai queixar da "herança" deixada pelo PS - Partido Socialista.

O Primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou que os membros do seu executivo ficaram "surpreendidos com o desvio que encontraram em relação ao que o anterior Governo dizia", acrescentando que se trata de "um desvio colossal em relação às metas estabelecidas".

Agora, na vigência do actual quadro, urge questionar:

- Será que os Portugueses votaram consciente e correctamente, ao atribuírem duas maiorias consecutivas, concentrando tudo nas mãos do mesmo Partido político:

- a Presidência da República e a Assembleia da República?

De facto, com a pobre qualidade dos partidos de oposição, sistematicamente evidenciada, e perante uma situação política, económica e social grave, em plena transição de gerações, poder-se-ia ter ido mais longe?

Pela minha parte, tenho sérias reservas!

Depois do período das férias de Verão, no Outono, com os Portugueses já regressados ao trabalho activo, esperemos que não venham a surgir surpresas desagradáveis...

Promessas pairam muitas no ar!...

Entretanto, contra os canhões, marchar, marchar! 


Paulo M. A. Martins

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(*) Jornalista Luso-brasileiro,
radicado em Fortaleza, Estado do Ceará, Brasil

quarta-feira, 6 de julho de 2011

PORTUGAL: AINDA O BENEFÍCIO DA DÚVIDA?...

XIX Governo Constitucional de Portugal


PORTUGAL: AINDA O BENEFÍCIO DA DÚVIDA?...
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Paulo M. A. Martins (*)
Jornalista
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paulo.m.a.martins@gmail.com


Em Portugal


Neste momento, é difícil, para não dizer impossível, alhear-me do que se está a passar em Portugal, da forma como está a evoluir, negativamente, o tecido económico e social.

Não gostaria de tornar-me alarmista, muito menos um novo "Velho do Restelo" ou arauto das desgraças, pois, por princípio, até me considero um optimista, mas a realidade dos factos, dado o que se passa e se constata à vista desarmada, desde as decisões do Governo de Pedro Passos Coelho às declarações nada animadoras do Presidente da República, Professor Aníbal Cavaco Silva, não deixam margem para quaisquer dúvidas...

Se não, vejamos:

- A principal agência internacional de notação (Moody's), no seu ranking, já considerando as novas medidas de austeridade adoptadas pelo Governo, acaba de cortar em quatro níveis o "rating"de Portugal, de Baa1 para Ba2, colocando a dívida do país na categoria de "lixo", ou seja na fronteira da "bancarrota";


                  Jean Monnet - Fundador da CEE                                      Durão Barroso                    
                                                                                          Presidente da Comissão Europeia 

- De imediato, o presidente da Comissão da União Europeia, Durão Barroso, veio a público, dizer que a notação é injusta;


- A reacção à colocação da dívida portuguesa no nível "lixo" colocou o sector financeiro a afundar na Bolsa de Lisboa, atingida por uma forte pressão vendedora;

- O Ministério das Finanças recoloca, imóveis e não só, em hasta pública pelo expressivo valor de UM CÊNTIMO, depois de um primeiro leilão ter ficado deserto, devido à ausência de propostas. Assim como, já se transacciona por ajuste directo;

- O poder de compra dos portugueses está a cair, dia após dia, ainda antes do aumento dos impostos divulgados e avançados pelo Governo, inscritos no Programa do XIX Governo Constitucional, já aprovado pela Assembleia da República;

- Enquanto isto, já está nomeado um membro do ex-governo de José Sócrates, Vieira da Silva, para acompanhar a execução orçamental do actual Governo, face às exigências do FMI;

- Dia após dia, Portugal transformou-se numa verdadeira "caixinha de surpresas", enquanto os portugueses continuam a banhos, gozando as suas férias. Muitos, dada a carestia da vida que se está a instalar paulatinamente, optaram, como destino, viajar até Espanha ou Brasil por considerarem que são mais económicas;

- A emigração e o desemprego disparam drasticamente, enquanto os idosos e os reformados são atirados para as calendas gregas...

É inserido neste quadro desolador, quase de pânico, que se desenvolve a vida e a actividade em Portugal, que, depois da Grécia, tende a estender os seus tentáculos até Espanha, onde já se perfilam fortes indícios.

Afinal, é assim tão "bom viver em Portugal"?

O "Velho Continente", mais concretamente a Europa comunitária, está, assim a ficar velho e caduco, com os Países, nela integrados, a não conseguirem dar resposta aos problemas e os que, dia após dia, cada vez mais, se vão acumulando, concorrendo para o agravamento da situação...

O sector empresarial português (público e privado), aliado ao desgoverno dos sucessivos governos, sempre demonstraram mais interesse e apetência em expandirem-se nos mercados externos, através de sumptuosos investimentos, sem se preocuparem em reforçar e consolidar a sua presença em Portugal (mais olhos do que barriga); nunca se preocuparam com a hipótese de uma grave crise internacional, como a que se está a verificar, pelo que investiram tudo o que tinham e o que não tinham, deixando as suas empresas desguarnecidas, desfalcadas e ao sabor da corrente na busca de um lucro mais fácil, com o Sistema Bancário a não cumprir, também, a sua função social.

O resultado já está à vista...

Também, os sucessivos governos governaram o país como se fosse uma coutada privada, ao sabor de interesses, por vezes, inconfessáveis, enquanto os partidos políticos e os seus "aprendizes" e candidatos a "profissionais" da política, sobretudo os de primeira linha, só pensaram e pensam nos seus objectivos individuais e de grupo, relegando o país, os portugueses e os seus problemas para as calendas gregas.

Será que nunca ninguém lhes ensinou que, para se governar e administrar, não basta olhar exclusivamente para a parede que se perfila diante dos nossos olhos, pelo contrário, é preciso, por imperativo, saber ver e interpretar o que está para além dessa parede?

Portugal, apesar já estar a entrar no abismo, está a caminhar, abruptamente e a olhos vistos, para a ruptura social!

A menos que surja um providencial "milagre"...


Lisboa (Portugal), 06.Julho.2011


Paulo M. A. Martins

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(*) Jornalista luso-brasileiro, radicado no Brasil,
em Fortaleza, no Estado do Ceará.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

PORTUGAL, QUO VADIS?

Primeiro-ministro de Portugal,
Dr. Pedro Passos Coelho


PORTUGAL, QUO VADIS?


"... com um pouco de muito boa vontade, aqui deixo o meu benefício da dúvida..."




Paulo M. A. Martins (*)
Jornalista
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(Em Portugal)

Infelizmente, assistem-me sérias reservas quanto ao actual Primeiro-ministro, Dr. Pedro Passos Coelho, e o seu Governo, assim como ao universo de "espectadores de bancada" que por aí persistem em proliferar.

Mudam-se os tempos, viram-se as casacas.

Freneticamente, colocam-se em bicos de pés e todos batem palmas, como se, de facto, as primeiras decisões fossem tão "brilhantes" como aparentam ser e fazer crer!...

Sem honra e sem glória, após as eleições legislativas, José Sócrates, a título de ir "estudar" Filosofia para Paris, já zarpou ou vai zarpar para um qualquer paraíso dourado algures em qualquer país da Europa, deixando-nos ainda bem viva e sofrida a triste memória dos seus incompetentes, miseráveis e graves desmandos governativos que praticou, que conduziram Portugal ao seu actual estado caótico de penúria política, económica, social e cultural, o que originou, entre outras, a intervenção do FMI e da sua "troika"...

Só a título de exemplo, Pedro Passos Coelho e a sua comitiva, há dias, voaram até Bruxelas, utilizando a "classe turística", para ver antecipados os subsídios da União Europeia, enquanto outros, no passado, ainda bem presente, requisitavam aviões à Força Aérea Portuguesa que, depois, ficavam e estão ainda estacionados (imobilizados) nas pistas dos aeroportos militares e nos hangares por falta de pagamento dos serviços prestados (o Estado deve ao Estado) e a consequente falta de acessórios, manutenção e não só...

Com esta atitude, o actual Primeiro-ministro acaba de revelar um fraco sentido sobre a "dignidade do Estado", enveredando pelos caminhos mais sinuosos do "populismo barato", para impressionar, talvez, mais os insectos do que as pessoas.

Enquanto tudo isto e não só, a frota de automóveis afecta aos Governantes continua a crescer, cada vez mais, pela aquisição desmesurada de "viaturas" topo de gama, assim como já se anuncia o Programa do XIX Governo Constitucional a ser discutido para aprovação pela Assembleia da República.

Anunciam-se, assim, entre outros, o aumento de determinados impostos, nomeadamente o IVA já em Julho próximo e, ainda no corrente ano, sobre o que excede o salário mínimo nacional, o corte de 50%, nos subsídios de Natal...

Quanto ao aumento em espiral do desemprego e da pobreza, sempre em número crescente, nem vale a pena falar, que, a partir de agora, vai aumentar exponencialmente, assim como de empresas a encerrarem a sua actividade.

Neste contexto, é, também, o caso das denominadas rescisões amigáveis na Função Pública e não só. Injecta-se "dinheiro novo" nos mercados que depois acaba por se "evaporar", através de um brutal aumento de consumismo, onde passa a proliferar o esbanjamento de recursos pelas famílias, que inevitavelmente conduz ao empobrecimento.

Por outro lado, é, também, a libertação de postos de trabalho para, depois, noutra fase, tudo leva a crer, serão preenchidos, total ou parcialmente, pelas novas "clientelas", sobretudo as partidárias, onde, em cujos Organismos e Empresas, os antigos titulares vão permanecendo sob o regime de "Recibo Verde" auferindo, por vezes, valores superiores, o que concorre para uma diminuição fictícia do desemprego, que continua a crescer desmesuradamente...

Tudo "bons" rapazes, tudo bons rapazinhos...

Será que já não existe ninguém capaz de repensar Portugal e de fazer um planeamento adequado às verdadeiras e trágicas realidades em que o País se encontra mergulhado?

Ou, será que nos tornámos um país de alienados e de embriagados pela cegueira imposta pelos "aprendizes" da política, que, durante mais de três décadas, fizeram de Portugal um verdadeiro laboratório de experiências, cujo objectivo é, mais do que nunca, "governarem-se" enquanto é tempo, assumindo a atitude de "os cães ladram enquanto a caravana passa"...

Mais parecendo uma manta de farrapos, Portugal cai a um ritmo vertiginoso, mas, ao que parece, ninguém está atenta e só falta bater as palmas na hora da sua derrocada final...

Mas, quanto aos autores desta situação, com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, a olhar para o lado e a enviar "recadinhos", através das suas intervenções públicas, nem se ousa falar neles e ou chamá-los à responsabilidade, civil e criminal.

É, a título de exemplo, o caso, sistemático, do apagamento dos ficheiros informáticos (delete), ao nível dos gabinetes cessantes, sempre que mudam os governos e não só, o que provoca uma descontinuidade de informação, muitas vezes de difícil ou impossível recuperação, causando graves transtornos e prejuízos à gestão corrente dos negócios de Estado, assim como aos seus utentes...

Neste quadro, não pense o Primeiro-ministro que tem uma maioria confortável na Assembleia da República, pois, logo no início dos seus trabalhos, o PSD - Partido Social Democrata e a maioria que o apoia, o CDS, não foram suficientemente convincentes em fazer eleger o Presidente da Assembleia da República, obrigando a uma segunda escolha, que, no meu entendimento, quanto à personalidade escolhida e eleita, foi correcta e acertada.

Quanto à futura interacção da coligação, Deus se encarregará de revelar a sua verdadeira estratégia e trajectória...

Enquanto isto, mantém-se activo, ao rubro, o quadro político, económico e social da Grécia, onde não se sabe como tudo irá terminar, enquanto a UE - União Europeia se tem revelado abstracta, inactiva e impotente, em fuga para a frente, face à evolução dos acontecimentos...

Em Bruxelas, Durão Barroso, seu actual presidente, vai preconizando, em surdina, através de "recados", o aumento dos impostos comunitários, como se fosse essa a verdadeira causa do estado a que chegou a Europa comunitária.

Haja, isso sim, a coragem de reconhecer e, como tal, tomar as devidas providências, da necessidade, urgentíssima, de se repensar a União Europeia, hoje, transformada num "saco de gatos" e desenraizada do verdadeiro espírito de Jean Monnet, onde, apesar da forte crise financeira que fez estremecer o Mundo inteiro, particularmente a Europa, os países ricos estão, cada vez mais, mais ricos e os pobres mais pobres, exercendo, directa ou indirectamente, a hegemonia de uns sobre os outros...

A Europa, quer se queira quer não, está a atravessar uma crise profunda, inclusive, a partir da sua própria matriz, cuja identidade, ao longo dos tempos, tem vindo a ser fortemente desvirtuada.

Agora, em Portugal, após a tomada de posse e entrada em funções do novo Executivo governamental, está em curso um "período de graça", mas, pelo andar da carroça, segundo nos revela o Programa do XIX Governo Constitucional, já se começa a vislumbrar um longo período de tormentos, desgraças e pesadelos, sobretudo, para as famílias que são sempre as mais penalizadas e pagam a factura, sempre crescente, do Estado.

Vamos continuar a aguardar por mais surpresas!...

Para infelicidade nossa, coisas boas não virão, certamente, e as que vierem só tenderão para agravar ainda mais os actuais quadros político, económico, social e cultural.

Será que o tecido social português vai conseguir resistir, ainda, a mais esta investida do novo governo?

Infelizmente, tal como escrevi, no passado, nos governos de José Sócrates, neste "período de graça", as minhas dúvidas são severamente reservadas, mas, para bem de Portugal e tranquilidade e bem-estar dos meus compatriotas, bem gostaria de estar errado...

Mas, apesar de tudo, com um pouco de muito boa vontade, aqui deixo o meu benefício da dúvida...

Lisboa (Portugal), dia 1º. de Julho de 2011

Paulo M. A. Martins
(Em Portugal)
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(*) Jornalista luso-brasileiro,

radicado no Brasil, em Fortaleza, Ceará.